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Biografias

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Clara Nunes - Raizes do Samba Clara Nunes - Raizes do Samba
Clara Nunes

A história da Guerreira que o Brasil não esqueceu 
 
Nascida no dia 12 de agosto de 1942, em Cedro, distrito de Paraopeba, hoje Caetanópolis, Minas Gerais, Clara Francisca (seu nome de registro) teve uma infância muito feliz, apesar de pobre. A música sempre esteve presente. Seu pai, Manoel Pereira de Araújo (conhecido como Mané Serrador) era um famoso seresteiro da região e foi com ele que Clara aprendeu seus primeiros passos na música. 
 
Aos 13 anos para ajudar a família, ela que era a mais velha dos sete irmãos, começou a trabalhar como tecelã na Fábrica Cia Cedro Cachoeira e, logo depois, em Belo Horizonte, na famosa fábrica Renascença. Nessa época, passou a freqüentar a Igreja Católica do Bairro da Renascença, onde começou a cantar no coral, à convite do maestro Jadir Ambrózio, que regia a orquestra local. 
 
Incentivada pelos amigos e familiares, Clara se inscreveu no concurso "A Voz de Ouro ABC", onde obteve o primeiro lugar cantando Serenata do Adeus, de Vinicius de Moraes. Foi o grande início. O ano era 1960 e em decorrência da sua popularidade no lugar, à convite da Rádio Inconfidência, passou a apresentar o programa "Clara Nunes Convida". 
 
Assim foi até 1966. Nesta época, Minas Gerais ficou pequena para Clara e o convite para gravar seu primeiro disco, no Rio de Janeiro, veio através da Odeon e do diretor artístico da gravadora, Milton Miranda. O LP "A Voz Adorável de Clara Nunes" trouxe boleros e sambas-canções e a única faixa que fez um pouco de sucesso foi Amor Quando É Amor (Othon Russo e Niquinho). Mesmo assim o disco vendeu muito pouco. 
 
Clara que sempre gostou de cantar samba, aceitou fazer esse disco por dois motivos: era uma imposição da gravadora e, além do que, competência para isto ela tinha, afinal Elizeth Cardoso e Angela Maria eram duas das suas maiores inspirações musicais. 
 
Passaram-se dois anos e durante esse período Clara, com a ajuda de Ataulfo Alves convenceu a gravadora a deixá-la gravar samba. Foi o que aconteceu. O LP "Você Passa Eu Acho Graça", de 1968, foi um grande sucesso e a música título, do próprio Ataulfo, foi logo para as paradas. A partir daí, a verdadeira personalidade musical da cantora começou a aparecer. Ainda nesse ano, apesar de não ter vencido o V Festival de Música da TV Record, ficou entre as finalistas com Sou Filho de Rei. 
 
No ano seguinte, lançou o LP "A Beleza Que Canta", com músicas de Chico Buarque, Tom Jobim e César Costa Filho. 
 
Em 1971, durante viagem à África, onde passou quase dois meses, entrou em contato com a Umbanda, religião de toda sua vida, e com os ritmos afros (nessa época, decidiu usar somente branco, uma de suas marcas registradas). Na volta ao Brasil, ouvindo rádio, certa noite, encantou-se com um programa de samba apresentado por Adelzon Alves. Logo quis que aquele profissional fosse o produtor de seus discos. Assim foi até 1974. 
 
Naquele mesmo ano de 1971 saiu o LP "Clara Nunes" e as músicas Ê Baiana e Misticismo da África ao Brasil fizeram muito sucesso. O repertório ainda trazia pérolas do cancioneiro, como Feitio de Oração (Noel Rosa e Vadico) e Sabiá (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).  
 
Nasceu, nessa época, seu amor pela escola de samba Portela. Clara foi, inclusive a primeira cantora a puxar samba de enredo na avenida. 
 
No ano seguinte, no LP "Clara Clarice Clara", não foi diferente. Cartola, Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gordurinha foram alguns dos compositores interpretados por ela. 
 
O início do ano de 1973 começou com a temporada do show "Poeta, Moça e Violão", no teatro Castro Alves, em Salvador. No palco, Clara dividia a cena com Toquinho e Vinicius de Moraes. Foi um grande momento. No mesmo ano gravou o sucesso Tristeza e Pé no Chão no disco "Clara Nunes", um dos trabalhos mais elogiados de sua discografia. 
 
1974 foi o grande ano da carreira de Clara Nunes. Além de ter ficado oito meses em cartaz com Paulo Gracindo, no Canecão (RJ), apresentando o show "Brasileiro Profissão Esperança" (que depois virou disco), sobre a vida de Dolores Duran e Antonio Maria, foi também convidada para representar o Brasil no renomado festival de Música MIDEN, na França. 
 
Neste ano, Clara conseguiu o feito de tornar-se a primeira cantora brasileira a vender 400 mil cópias com o disco "Alvorecer". Até então, existia o tabu de que cantora não vendia disco. Clara vendeu. Vendeu e fez um enorme sucesso com Conto de Areia, Meu Sapato Já Furou, Menino Deus e outras - todas do mesmo álbum. 
 
No final deste ano, casou-se com o compositor Paulo César Pinheiro, com quem viveu até os últimos dias da sua vida. Elizeth Cardoso, a "Divina", como era conhecida a cantora que via em Clara um espécie de sua sucessora, foi madrinha. 
 
Em 1975, Clara já era um nome verdadeiramente nacional. Paradas de sucesso, shows por todo o Brasil e aparições disputadíssimas na televisão. Tudo isso não fez a cantora perder a humildade. Os amigos e fãs que conviveram ou conhecerem a cantora, nessa época, são unânimes em não poupar elogios ao seu comportamento. 
 
"Claridade", o disco daquele ano, muito elogiado pela crítica e aclamado pelo público, emplacou O Mar Serenou, A Deusa dos Orixás e Juízo Final. 
 
No ano seguinte com o LP "O Canto das Três Raças", Clara quebrou mais um recorde. Desta vez, 600 mil cópias. O repertório trazia pérolas de Vinicius, Chico e Nelson Cavaquinho, entre outros. 
 
Em 1977 fez o belíssimo disco "As Forças da Natureza" (entre os destaques, a participação de Clementina de Jesus, no partido-alto composto pelo sambista Candeia, e À Flor da Pele, a única composição que Clara fez em sua carreira , uma parceria com Paulo César Pinheiro) e inaugurou o teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, com o show "Canto das Três Raças", dirigido por Bibi Ferreira. Até hoje o espaço é considerado um dos melhores teatros da cidade. 
 
No ano seguinte, o LP "Guerreira" foi outro sucesso. A faixa-título foi uma homenagem à Clara, feita por Paulo César Pinheiro e João Nogueira, amigo e compositor, sempre gravado pela cantora. 
 
"Esperança", o disco de 1979, trouxe, entre outras, Feira de Mangaio, Na Linha do Mar e Banho de Manjericão. O repertório ainda resgatava Adoniran Barbosa e um samba de carnaval, Obsessão, que foi sucesso na década de 50 com Carmem Costa. 
 
Com "Brasil Mestiço", LP do ano seguinte, Clara quebra mais um Record de vendas e realiza um de seus sonhos, ganhando o "Troféu Roquete Pinto", como a melhor cantora daquele ano. O maior sucesso do álbum foi Morena de Angola, que Chico Buarque fez especialmente para ela. No mesmo ano, montou o show "Brasil Mestiço" e percorreu dezenas de cidades do Brasil. A direção foi novamente da já amiga Bibi Ferreira. 
 
Em 1981, lançou o disco "Clara" (Portela na Avenida foi o grande êxito do álbum) e no ano seguinte, "Nação", seu último trabalho, emplacou, além da faixa-título composta especialmente de João Bosco para a cantora, o afoxé Filhos de Gandhi e o samba Serrinha. 
 
No auge da carreira, no dia 2 de abril de 1983, depois de 27 dias em coma profundo, em decorrência de uma cirurgia de varizes, da qual suspeita-se até hoje ter se tratado de um erro médico, Clara partiu. Ou como diz o samba-homenagem "Um Ser de Luz", de João Nogueira: "... se foi para cantar, além do luar, onde moram as estrelas...". 
 
E, de fato, cantar para as estrelas, somente uma estrela. E Clara não foi uma estrela; foi uma constelação de brilho e beleza na musica brasileira. Sua história se perpetuará intimamente ligada à trajetória do samba na nossa música. 
 
Thiago Marques Luiz  
jornalista e pesquisador de música brasileira  
 
 
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim, partes importantes de sua vida e carreira. 
 
 

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