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Biografias

Onildo Almeida

Onildo de Almeida, poeta e músico de rara sensibilidade, um cabra da peste, nasceu em Caruaru – PE em 13.08.28. No começo da carreira integrou conjunto vocal de muito sucesso em Pernambuco, o Cancioneiros Tropicais, depois chamado de Vocalistas Caetés. Ingressou no rádio e depois se tornou dono de emissora. Compôs mais de 500 músicas, algumas gravadas por grandes nomes da MPB como Maysa, Agostinho dos Santos e Gilberto Gil. O primeiro sucesso foi a música Linda Espanhola, marchinha carnavalesca, ganhadora de concurso do carnaval pernambucano de 1955. Mas foi com a música regional interpretada por gente da estirpe de Luiz Gonzaga, Marinês e Trio Nordestino que ficou conhecido em todo o Brasil e ganhou projeção internacional: a sua música Feira de Caruaru, gravada por Luiz Gonzaga em 1957, ganhou o mundo e foi divulgada em 43 países. Interessante notar que Luiz Gonzaga (que amava Caruaru) no ano do seu centenário, 1957, foi convidado a ser o patrono artístico da festa. Assim, de vez em quando visitava aquela cidade agrestina. Numa dessas visitas Onildo lhe apresentou a música. Gonzaga então disse pra Onildo: “- Isso tem cheiro de nêgo, posso gravar?” Onildo já tinha gravado a música um ano antes e chegou a vender onze mil cópias do disco. Não é preciso dizer mais nada sobre a música, gravada inicialmente em disco de 78 rotações, o qual tinha no seu lado B a música Capital do Agreste, de Onildo Almeida, Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho, embora a gravação omita o nome de Luiz Gonzaga, o que foi uma grande injustiça, porque a idéia de fazer a música Capital do Agreste partiu de Luiz Gonzaga querendo retribuir o carinho de ter sido convidado para padrinho da festa dos cem anos. Onildo e Luiz chegaram a passar dois dias trabalhando na letra e na melodia da música, mas os dois não sabiam nada da história de Caruaru ou como foi o começo daquela linda cidade. Foi quando veio a idéia de um observador de que na cidade havia um moço que sabia muito sobre Caruaru. Era Nelson Barbalho, depois revelado como escritor e compositor de sucesso. O rapaz tremeu as pernas quando ouviu dizer de Onildo que Luiz Gonzaga queria falar com ele. Dirigiram-se ao então Café Majestic, no centro da cidade e lá estavam sentados em uma mesa Luiz Gonzaga e José Almeida, irmão de Onildo. O problema é que o jovem Nelson Barbalho sabia da história de Caruaru, mas não sabia fazer versos contando a história. Aí foi quando Gonzaga começou a cantarolar a melodia e o novo poeta (a partir daquele momento), sapecou: “Quem conhece o meu Nordeste/ Certamente há de saber/ Que Caruaru de Bonito/ Há cem anos veio nascer...”. A vila de Caruaru pertencia ao município de Bonito. A música é digna de figurar em qualquer antologia do baião, como tudo o que foi feito por Onildo e Gonzaga. Os direitos autorais do jovem compositor o ajudaram a comprar a sua primeira geladeira. Aí talvez resida a razão pra que Gonzaga abrisse mão da sua parte na música, pois como se sabe, era pessoa de um coração enorme e aquele compositor que despontava, precisava de um incentivo financeiro. Com o passar do tempo ficou provado que o Rei do Baião gravou pouco da arte de Onildo, pois Gonzaga gostava de dar temas pra composições, algumas vezes dava o esqueleto de algumas músicas e deixava que o poeta as trabalhasse. Assim foi com Humberto Teixeira e Zé Dantas, mas com Onildo não. Com o talento que Deus lhe deu fazia tudo sozinho na maior parte das músicas que compôs. Mas assim mesmo dividiu com Gonzaga as seguintes músicas: É Sem Querer (1974), Lá Vai Pitomba (1980), Regresso do Rei (1984) e Sanfoneiro Macho (1985). Quando Luiz Gonzaga esteve pra abandonar a carreira, pois o baião havia sido expulso dos grandes centros, na década de 1960, Gonzaga confiou a Onildo a tarefa de compor uma música pra marcar a sua despedida (A Hora do Adeus), praticamente toda de Onildo, pois somente o primeiro verso é de Luiz Queiroga, outro compositor talentoso, porém já falecido. Não se pode fazer uma lista dos dez maiores baiões de todos os tempos sem que o “A Hora do Adeus” fique de fora. Foi gravado em 1967 no LP Óia Eu Aqui de Novo e no CD Luiz Gonzaga Volta pra Curtir, reproduzido de um show ao vivo de 1972, no Teatro Tereza Raquel no Rio de Janeiro. Foi lançado em 2001, doze anos após a morte de Gonzaga. É um dos ícones do disco na voz de Gonzaga e no toque insuperável de sanfona do mestre Dominguinhos fazendo o acompanhamento. Outros grandes sucessos de Onildo na voz de Gonzaga foram: Sanfoneiro Zé Tatu (1963) e Aproveita Gente (1984). Há outro grande nome da música regional que deve muito a Onildo. É a cantora Marinês, a mais bela voz surgida nos rincões nordestinos. Onildo presenteou Marinês com verdadeiros clássicos: História de Lampião, xaxado (1960), Gírias do Norte, com Jacinto Silva (1961), Marinheiro (196l), Siriri, Sirirá (1962), Meu Beija Flor (1962), Se a Polícia Chegar (1962), Minha Açucena (1963), Siu Siu Siu (1964), Profecia do Padre Cícero, com Jacinto Silva (1964), Carne de Sol (1965), A Feira de Caruaru nº 2 (1965), É Amor é Saudade (1966), Assim Nasceu o Xaxado, com Agripino Aroeira (1967), Matuto (1968), E Tará Rá Rá (1968) e Vitalino (1972). O Trio Nordestino também fez muito sucesso com músicas de Onildo: Tá com Raiva de Mim, Se Casamento Fosse Bom, No Dia dos Namorados e Amor pra Te Dar. Jackson do Pandeiro também gravou Morena Bela, de Onildo e Juarez Santiago. Jorge de Altinho é outro artista que fez muito sucesso com músicas de Onildo: Saudade de Você (1983), Lamento (1984) e Sem Você (1987). Flávio José também gravou em 2001 a sua música ABC do Amor. Embora seja um compositor de enorme talento, é pequena a discografia de Onildo Almeida: A Feira de Caruaru nº 2 e Casamento Antigo (1957); Zé Dantas e Vaquejada (1962), gravadas pela extinta gravadora Mocambo. A gravação original da Feira de Caruaru não se sabe o selo da gravadora. Desde 1991 que Onildo só compõe músicas evangélicas, após se tornar membro da Igreja Assembléia de Deus Betesda em Caruaru-PE. Está lançando um CD com 24 faixas de louvor a Deus. A música popular nordestina sente muito o afastamento do poeta e músico, mas se compõe pra Deus, que este o ilumine e conserve a sua vida e o seu talento. A música Vitalino (letra e melodia de Onildo), homenagem ao grande artista do barro, do Alto do Moura em Caruaru, o qual tem peças expostas até no museu do Louvre em Paris, faz jus à grande arte de Onildo. São inesquecíveis e eternos estes versos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Vitalino foi embora, mas deixou: 
Sua arte, seus bonecos, seu valor 
 
Vitalino fabricava 
Casamento, romaria 
Retirante, vaquejada 
Violeiro em cantoria 
Caçador de passarinho 
Ladrão na delegacia 
Banda de pife, novena 
Tudo mais ele fazia 
 
Mas na feira o quê mais 
Chamava a atenção dos meninos 
Era o boi do Vitalino 
 
Era o boi, era o boi 
Era o boi do Vitalino 
 
Do barro Deus fez o homem 
O homem do barro criou 
Bonecos imagens de um povo 
Que o imortalizou 
Vitalino que viveu 
Dos bonecos que fazia 
O seu nome foi ficando 
Mais famoso dia a dia 
 
 
Morre o homem fica a fama 
O poeta disse bem 
Vitalino hoje é imortal também 
 
Imortal, imortal 
Hoje é imortal também. 
 
(Uma homenagem ao poeta Onildo Almeida e ao saudoso mestre Vitalino, com o apoio da Revivendo Músicas, em cujo site tem sido permitida a publicação das pequenas biografias escritas por mim). 
 
Abílio Neto 
 
 
 

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