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Curiosidades
Mais umCarnaval sem Capiba

Mais umCarnaval sem Capiba

Leonardo Dantas Silva




Em tudo, o espírito do Carnaval se faz presente!

A cidade se apresenta vestida de luzes e cores, povoada por grandes bonecos, sombrinhas multicoloridas, guizos, risos e sons dos mascarados, que surgem em cada esquina, enquanto passistas ansiosos aguardam os primeiros acórdes de uma fanfarra de metais. Rostos pintados, a esconder semblantes antes tristonhos, desfilam apressados diante de mim, fazendo anunciar a volta do reino azul da folia de há muito esperado por endiabrados foliões.
Ao meu lado, no entanto, está faltando alguém.... Está faltando ele, que por mais de trinta carnavais foi meu companheiro neste mesmo reino azul da fantasia. Carnavais em que juntos cantávamos, acompanhando a multidão, os seus sucessos: Cala boca, menino (1966), Oh! Bela (1970), Catirina meu amor (1971), De chapéu de sol aberto (1972), Frevo e ciranda (1973), Juventude dourada (1975), O amigo do rei (1977), Frevo da solidão (1978), Trombone de prata (1979), E eu drumo (1980), A turma da boca livre (1982), Recife, que beleza (1985) e uma infinidade de outros a embalar a nossa alegria.
Foram tantos os carnavais, foram tantas as histórias que se perderam no tempo, que tudo hoje se transforma num amontoado de saudades. Recordações daqueles tempos felizes e tranqüilos, quando só voltávamos para casa com o sol ofuscante a sorrir dos nossos semblantes de foliões assumidos.
Tempos dos Bailes da Saudade, iniciados por mim em 1972 e por dezoito vezes repetidos; das gravações na Rozenblit; da primeira Frevioca, por nós inaugurada no Carnaval de 1980; das noitadas no Clube Português; das festas que marcaram os seus 80 anos (1984), com ele desfilando em carro aberto, acompanhado por uma guarda de cavalaria; das eliminatórias do Frevança; dos almoços de todas as semanas e, mais recentemente, dos ensaios do Bloco da Saudade.
Tempos por ele mesmo descritos, pintados que foram com cores fortes e alegres, quando compôs, em 1970, É hora de frevo (RCA BBL 1489): Quem quiser me ver / Me procure aqui mesmo/ Quando chega o carnaval / Seja noite ou dia / Aqui tudo é alegria / E alegria não faz mal/ É aqui que eu danço/ Aqui é que eu canto / Aqui é que eu faço / Com desembaraço / Misérias no passo! / Na quarta-feira / Quando tudo terminar / Eu espero mais um ano, / Até o frevo voltar.
Assim era ele ao irradiar a sua alegria infantil que a todos contagiava. Ao seu lado a vida parecia nunca ter fim e sua presença seria uma constante até o final de nossa caminhada.
Ao contrário da regra geral, de que nos fala o poeta Carlos Pena Filho, o Recife não foi para ele a cidade ingrata. Muito pelo contrário, era ele festejado em qualquer parte onde estivesse, por velhos e moços e, sobretudo, pelas crianças que por ele tinha um carinho todo especial. Crianças de hoje, adultos e velhos do amanhã, que por muitas décadas estarão a cantar em seus carnavais os mesmos frevos feitos por ele para embalar a alegria de sua gente, confirmando, assim, a eternidade que ele parecia transmitir.
Nos últimos dias de 1997, Capiba, o meu companheiro de mais de trinta carnavais, começou a ensaiar o seu adeus. E eu que acreditava na sua eternidade senti, no último encontro, o sabor da despedida.
De mansinho ele se foi do meu convívio e hoje, quando começa o primeiro Carnaval sem a sua presença, é que eu sinto a falta que ele me faz.
Hoje, com a cidade tomada por risos dourados e bocas pintadas a cantar as suas melodias, enchendo de sons os mais tristes recantos, vejo-me vagando pelas ruas, como um órfão perdido no meio dessa multidão, procurando enganar os meus próprios sentimentos.
Na minha solidão, a sua presença... Para o meu consolo, a sua saudade... E assim sozinho, com o rosto tomado pelas lágrimas, lá vou eu sem destino, cantando baixinho os versos que ele me ensinou:
Vivo nas ruas cantando / Um canto que me convém / Para fugir da tristeza / E da saudade também / Se estou certo ou errado / Alguém me há de dizer / Fujo talvez da saudade / Saudade que vem de você...


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