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Curiosidades
Arqueologia Musical

Em princípio gostaria de contar a história de um músico da minha cidade, Ribeirão Preto. Há um mito nascido aqui praticamente junto com a sua fundação, o mito da opulência.

O território onde se formou Ribeirão Preto era marginal ao caminho de Goiás e permaneceu despovoado até o século XIX - era um local de passagem. Um dos movimentos populacionais mais persistentes do interior do Brasil é o que acontece entre São Paulo e Minas Gerais. Os primeiros habitantes desta região, que formaram o povoado, foram os entrantes mineiros. Constituíram uma comunidade de agricultores e criadores cuja principal atividade era a criação de gado. Dois empreendedores interessados no plantio do café, o agrônomo Luís Pereira Barreto e Martinho Prado Jr., fizeram diferentes expedições exploratórias pela região. Em 1876 Pereira Barreto coletou amostras do rico solo de terra rossa, mandou-as para análise na Europa e, em seguida, publicou seus resultados no Brasil. Martinho Prado, inspirado pelas descobertas de Pereira Barreto, explorou a região em 1877 e escreveu artigos divulgando o potencial do solo para o cultivo do café. No início de 1880 agricultores de outras partes de São Paulo e Rio de Janeiro invadiram a região comprando terras e plantando café.

Alguns anos depois alguns membros da pioneira família Barreto se tornaram músicos. O mais destacado deles foi Homero de Sá Barreto, um típico artista romântico, tanto por sua biografia como por sua obra. Era tímido e dedicado à sua arte. Nascido em 1884, morreu tísico e solteiro aos 40 anos, em 1924. Por causa da doença e do seu pouco tempo de vida produziu uma pequena porém significativa obra. Era um exímio "pianeiro" (como dizia Mário de Andrade, pejorativamente), grande intérprete de Chopin. Estudou piano e composição com Francisco Braga e Alfredo Belvilacqua no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro. Foi amigo íntimo de Villa Lobos e Menotti Del Picchia.

"Por notícia recebida do Rio sabemos que os maestros Francisco Braga e Heitor Villa Lobos pensam em fazer levar dentro em breve a ópera `Jaty` do nosso malogrado conterrâneo, do qual só é conhecido o `Interlúdio`. Organizado pelo maestro Villa Lobos e com o concurso valioso da grande violinista patricia Paulina D`Ambrosio e outros notaveis professores, por todo o corrente mez será executado um concerto de composições de Homero Barreto, cujo producto se destinará à publicação de todas as suas composições ineditas. Falar do valor de Homero Barreto como pianista é coisa desnecessaria, pois ainda bem viva deve estar na memória de todos a lembrança dos seus concertos nesta cidade." (5/12/1924, Diário da Manhã - Ribeirão Preto)

Artigo de Menotti Del Picchia sobre Homero Barreto, publicado no Correio Paulistano:

Homero Criador de Rythmos

Quando se fala em arte brasileira ha um nome, no setor musical, que deve ser sempre lembrado: Homero Barreto.
Conheci o grande compositor patricio nos ultimos estagios da sua atormentada vida. Como o iluminado Rodrigues de Abreu, o creador da belleza sonora, ja era um condemnado. Pouco depois aquella radiosa intelligencia se apagou.
Não se apagou como um poente nostalgico. Morreu scintillando, em pleno fulgor, irrompendo labaredas de inspiração e genialidade. Sua alma era um incendio.
Homero Barreto, porém, fatalizado pela moléstia, era um tímido. Todo o seu drama era interior.
A intensidade borbulhante da sua vida era intima. Poucos os amigos do creador taciturno: entre esses poucos eu tive a alegria de ser um.
Em Ribeirão Preto onde morava o artista, certa noite, junto do seu piano docil e amigo, ouvi-lhe as ultimas composições. Como Chopin, o creador de tanta belleza, parecia querer expirar envolvido por turbilhões de sonoridade. Offegante, com os olhos incandescentes de febre, do teclado nervoso, suas mãos arrancavam, em cataratas, os segredos magicos de um `Nocturno`. Eu nunca me esqueci da revolta dessa musica, onde uma alma ridente de vida, tragica e commecional, transformava em harmonia e em belleza uma angustia que sómente poderia ser comprehendida por poucos.
De Homero, hoje, só há mais funda memoria no coração dos que o admiram e na eternidade de sua obra.
É tempo já de reunirem todas as suas composições. É tempo de, nos nossos concertos, dar-se o logar que merecem às creações da sua alta intelligencia. É um crime deixarem ineditas as obras de tão grande artista. Enquanto muitos mediocres conseguem fazer torturar os ouvidos das plateas com partituras ôcas e sem espirito creador, jazem quase desconhecidas tantas paginas da sua lavra, cheias de espontaneas inspirações e tocante belleza. Homero é um artista brasileiro e seu nome merece a consagração do Brasil."

Nos anos 70, durante o mandato do ex-radialista Welson Gasparini foi criada, por lei municipal, a Semana Homero Barreto, que durou apenas 3 anos e hoje é também esquecida.

Thaty Mariana Fernandes
Ribeirão Preto, SP



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